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Ganesha: Significados, Simbolismo e Culto ao Senhor da Sabedoria

Atualizado: 6 de jul.

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Texto por: Paulo Bulgarelli . `. (Doctor Wolf)(418)


Este meu texto foi inspirado por diversas fontes tradicionais e contemporâneas sobre Ganesha, incluindo o "Ganesha Purana", o "Ganesha Atharvashirsha", e autores como Devdutt Pattanaik, James H. Bae e John Grimes e outros, que oferecem interpretações acessíveis e profundas do culto a esta divindade.
A prática descrita foi adaptada à realidade do praticante contemporâneo sem perder sua base espiritual védica e devocional.

Ganesha é uma das representações divinas mais reconhecidas na cultura da Índia, presente principalmente na tradição védica e amplamente venerado dentro do hinduísmo. Ele é facilmente identificado por sua cabeça de elefante combinada com um corpo humano, o que lhe confere uma imagem única e simbólica. É conhecido popularmente como o “Senhor dos Obstáculos”, um título que reflete seu papel central na superação de desafios.


É importante destacar a diferença entre a tradição védica, que remonta aos antigos Vedas, e o hinduísmo como um todo, já que na Índia coexistem diversas seitas e correntes religiosas. Ganesha está presente em praticamente todas as correntes derivadas dos Vedas, sendo uma figura onipresente nos lares, templos e rituais por toda a Índia.


Tradicionalmente, quase todo altar dedicado a práticas religiosas conta com sua imagem, e é comum iniciar qualquer cerimônia, oração ou empreendimento com uma invocação a ele.


Mas afinal, quem é Ganesha e qual o significado que ele carrega?


Ao considerarmos que muitas das religiões atuais têm menos de dois mil anos de existência, Ganesha destaca-se como uma figura ancestral, acompanhando a tradição védica ao longo dos milênios. Sua iconografia evita confrontos religiosos diretos, pois sua aparência híbrida — meio elefante, meio humano — transcende as categorias comuns de representação divina, nem reduzido a simples figura humana, nem descartado como animal. Essa combinação singular fez com que sua imagem resistisse e permanecesse relevante até os dias atuais, sendo uma das divindades mais populares na Índia e conhecida globalmente. Em uma era em que a aparência e a estética são valorizadas, a figura robusta e serena de Ganesha, com sua cabeça de elefante e corpo arredondado, ressoa com muitos, simbolizando sabedoria, força e acolhimento.


Como criador e sustentador do universo, Ganesha poderia ser associado a diversos atributos, como a prosperidade e o conhecimento. Contudo, sua principal função na tradição é como Vinayaka, o mestre que remove ou impõe obstáculos, uma dualidade que representa os desafios e as bênçãos da vida. Essa multiplicidade de significados é uma das riquezas da tradição, onde uma mesma divindade pode se manifestar em diferentes aspectos para guiar o ser humano em sua jornada.


A literatura dedicada a Ganesha é vasta: inclui desde canções devocionais (bhajans e kirtans), mantras para repetição (japa mantras), poesias religiosas (stotrams), até textos mitológicos (puranas) e até uma upanishad que leva seu nome — a Ganapati Atharva Shirsha Upanishad, um texto profundo sobre autoconhecimento. Entre as obras mais populares estão também o “Sankatanashana Ganesha Stotram”, uma poesia tradicional que exalta suas qualidades e poderes.


Quanto à sua história:


Quanto à sua história, a mais conhecida versão relata que Ganesha é filho do deus Shiva e da deusa Parvati. Certa vez, enquanto Parvati tomava banho, criou um filho para fazer companhia e proteger sua casa, ordenando que ele não deixasse ninguém entrar. Quando Shiva retornou inesperadamente, Ganesha, cumprindo sua missão, impediu-o, o que levou a um confronto no qual Shiva acabou decapitando o menino. Para devolver-lhe a vida, Shiva substituiu sua cabeça pela de um elefante — o primeiro animal que encontrou — dando origem à imagem que conhecemos hoje. Ganesha é famoso por sua sagacidade e inteligência para resolver problemas, e possui um irmão chamado Kartikeya (também conhecido como Subramanya), com quem divide diversas histórias e ensinamentos simbólicos.


Por que, então, as pessoas fazem preces ou oferendas a Ganesha?


É importante entender que as pessoas não adoram apenas uma estátua ou um símbolo físico, mas usam essas representações para evocar uma atitude mental e emocional. Assim como um soldado que presta continência à bandeira não está saudando um pedaço de pano, mas sim os valores e o compromisso que ela representa, o devoto usa a imagem de Ganesha para conectar-se com a energia da superação, proteção e sabedoria. Símbolos funcionam como pontes que auxiliam a mente a materializar sentimentos, intenções e devoção.


O símbolo de Ganesha é rico em significados. Nos templos tradicionais, sua imagem é feita seguindo proporções específicas, e cada detalhe carrega uma simbologia profunda. A cabeça de elefante, por exemplo, representa serenidade e discernimento, atributos essenciais para uma vida equilibrada. Suas orelhas grandes simbolizam a capacidade de ouvir o que é justo (dharma) e injusto (adharma), enquanto sua tromba flexível sugere habilidade e adaptabilidade diante dos desafios, podendo realizar desde tarefas simples até as mais complexas.


Outro detalhe marcante é seu único dente, que simboliza a prontidão e o compromisso com o dever. Segundo a tradição, Ganesha quebrou seu dente para usar como ferramenta na escrita dos Vedas, demonstrando a importância da entrega e da doação em qualquer trabalho ou relação.


Ele é frequentemente representado com quatro braços, cada um segurando um objeto com significado próprio: o dente quebrado (símbolo da autoentrega), o ankusha (um gancho para direcionar, usado para afastar a inércia e a preguiça da mente), o pasha (laço que representa o controle sobre o ego e os excessos), e a mão em varada mudra (gesto de bênção e proteção). Esses símbolos refletem o equilíbrio necessário entre ação e contenção, movimento e limite, e a presença constante da graça divina.


Seu veículo é um rato, que personifica a mente inquieta e os pensamentos dispersos, lembrando-nos que devemos manter o controle sobre eles para viver em harmonia.


A grande barriga de Ganesha simboliza a capacidade de absorver o universo inteiro, guardando em si a criação e o cosmos.


Como Senhor dos Obstáculos, Ganesha exerce o papel de impor e remover dificuldades, regulando as consequências das ações (karmas) e ajudando seus devotos a avançar em seus projetos, sejam eles espirituais ou materiais. Por isso, é comum que sua invocação seja feita no início de qualquer novo empreendimento.


Existem diversas interpretações artísticas de Ganesha, com variações nos objetos que ele segura ou nos elementos em sua representação, sem que isso comprometa seu significado essencial. A compreensão madura do símbolo permite utilizá-lo como um instrumento para o crescimento espiritual e a conexão com o divino, muito além de uma simples imagem ou figura.


O universo hindu é conhecido pela riqueza de suas mitologias, filosofias profundas e diversidade de práticas devocionais. No coração dessa tradição, destaca-se Ganesha — o deus com cabeça de elefante, adorado antes de qualquer empreendimento importante e reverenciado como portador de sabedoria e protetor contra os empecilhos da vida. Este texto visa oferecer uma visão ampla e aprofundada sobre sua história, simbolismo, significados e formas de culto, fundamentada em fontes clássicas da literatura indiana como o Shiva Purana, o Ganesha Purana e o Mudgala Purana, sem jamais recorrer ao plágio.


1. Origens Míticas e Narrativas Clássicas


Criação por Parvati


Uma das narrativas mais célebres encontra-se no Shiva Purana, onde a deusa Parvati, sozinha em seu aposento, modela uma figura a partir da pasta de cúrcuma que usava no corpo. Ao dar vida a esse ser para guardá-la durante o banho, ela cria Ganesha. Quando Shiva retorna e, em desespero por não reconhecê-lo, decapita o garoto, Parvati entra em profundo luto. Para apaziguar a deusa, Shiva substitui a cabeça de Ganesha por um crânio de elefante, concedendo-lhe imortalidade e função divina como guardião dos portões entre mundos.


O Escritor do Mahabharata


No Ganesha Purana há outra história que demonstra a sede de conhecimento e o sacrifício de Ganesha: o sábio Vyasa, autor do Mahabharata, precisa de um escriba capaz de registrar seu épico sem interrupções. Ganesha aceita a incumbência, porém somente sob a condição de que Vyasa nunca cessasse sua narração. Quando a pena quebra, em vez de interromper o registro, Ganesha entalha seu próprio dente para continuar o trabalho. Dessa forma, simboliza o valor do compromisso, da disciplina e do sacrifício em prol da sabedoria.


2. Textos Sagrados e Desenvolvimento Teológico


Embora existam centenas de stotras (hinos devocionais) e comentários filosóficos, três obras destacam-se:


  • Shiva Purana: Relaciona a gênese de Ganesha e seu papel no panteão shivaísta como primeiro filho de Shiva e Parvati.


  • Ganesha Purana: Concentra-se em suas glórias, oferecendo preciosos hinos de louvor e rituais específicos para cada aspecto de sua adoração.


  • Mudgala Purana: Focado nos oito avatāras (incarnações) de Ganesha, descreve histórias e poderes particulares associados a cada manifestação.


Esses textos formam a base doutrinária que orienta desde templos milenares até devotos domésticos nos lares pela Índia e pelo mundo.


3. Simbologia Essencial e Aspectos Filosóficos


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Cabeça de Elefante


Representa a intuição e a capacidade de ultrapassar barreiras — assim como um elefante que abre caminho na selva, o devoto deve desbravar os caminhos da mente.


Tromba Curvada


Sinaliza flexibilidade. A tromba de Ganesha pode realizar tarefas delicadas e levantar enormes pesos, lembrando-nos da importância do equilíbrio entre força e sutileza.


Grandes Orelhas e Olhos Miúdos


As orelhas amplas indicam a disposição de ouvir atentamente as preces, enquanto os olhos pequenos expressam foco interior e concentração profunda.


Barriga Proeminente


Seu ventre vasto simboliza a capacidade de assimilar todas as experiências da vida — prazeres e dores — sem desequilíbrio.


🐭🐀O Rato (Moșha, Vāhana)


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O rato, aparentemente frágil, percorre corredores estreitos e alcança lugares inacessíveis.


Ele personifica o ego controlado; aquele que, embora busque continuamente, não domina o deus.


Domínio sobre desejos e ego


O rato representa os desejos, impulsos e o ego humano – pensamentos rápidos e vorazes.


Ganesha, montado sobre ele, simboliza o controle que a inteligência e a sabedoria exercem sobre a mente e os apetites.


Superação de obstáculos


Camundongos são vistos como pragas que causam destruição. Ao usar o rato como seu veículo, Ganesha mostra sua capacidade de dominar e neutralizar os obstáculos – os “vighnas” – que essas criaturas representam.


Humildade e acessibilidade


A combinação de um deus poderoso com um veículo minúsculo mostra que a grandiosidade divina pode servir-se do mais humilde. Isso reforça ideias de que nada é insignificante no plano cósmico e que as soluções muitas vezes vêm de onde menos se espera.


Transformação e redenção


Segundo o mito, o rato era antes um demônio (como Mooshikasura ou Krauncha), que após ser domado e perdoado por Ganesha, se tornou seu veículo. Isso reforça a mensagem de compaixão, transformação e redenção


Representação do inconsciente/subconsciente


Em interpretações mais psicológicas, o rato simboliza a mente consciente e/ou impulsiva, enquanto Ganesha representa o intelecto que pode direcioná-la e dominá-la, conduzindo ao autoconhecimento


Agilidade e alcance


O rato, por sua capacidade de se esgueirar em pequenos espaços, simboliza a habilidade de Ganesha de penetrar nos cantos mais difíceis da existência, removendo bloqueios com astúcia.


O rato que acompanha Ganesha – também chamado Mooshika, Mushak ou Dinka – é muito mais que um simples veículo. Ele representa o ego, os desejos e os obstáculos internos, além da mente inquieta. Montado por Ganesha, ele simboliza a supremacia da inteligência, humildade diante das adversidades, o poder da redenção e a capacidade de superar impedimentos, mesmo os mais sutis.


Modaka e Outros Atributos


O doce modaka nas mãos de Ganesha lembra que o fruto do autoconhecimento é doce; a foice que, por vezes, segura, simboliza a capacidade de cortar ilusões e apego.


O Dente Quebrado


Seu único dente remanescente fala de renúncia e da importância de sacrificar, em prol do bem maior, aquilo que nos retém do propósito espiritual.


4. Práticas de Culto e Rituais Domésticos


1 Preparação do Espaço


  • Limpeza ritual com água perfumada ou leite.

  • Colocação de um pequeno mandala de areia ou pó de arroz, convidando harmonia.


2 Puja (Oferenda)


  • Flores frescas (hibisco e calêndula são favoritas).

  • Frutas (banana, coco) e modakas.

  • Incenso (sândalo ou jasmim) e lamparinas de óleo ou velas.


3 Mantras e Cantos


  • “Om Gam Ganapataye Namaha”: Invocação primordial.

  • Cânticos do Ganesha Atharvashirsha no encerramento para bênçãos de conhecimento.


4 Aarti


Cerimônia de luz, onde se move uma lamparina em círculo diante da imagem, ao som de sinos e cânticos, simbolizando a remoção das trevas interiores.


5 Jejum e Votos


Alguns devotos observam o ecada (jejum em dias de lua minguante) para aprofundar a conexão, dedicando a prática à introspecção.


6 Ruptura do Coco


No encerramento, parte-se um coco sobre um prato, ofertando-o: o coco representa o ego, que se parte para revelar a pureza interior.


5. Festivais e Celebrações Populares


Ganesh Chaturthi


  • Quando: mês de Bhadrapada (agosto/setembro).

  • Como: ídolos de barro (imagens de Ganseha) são instalados em lares e locais públicos. Durante 10 dias, orações diárias, culturalmente marcadas por música, dança e distribuição de prasad (alimento consagrado). No último dia, há a imersão (visarjana) dos ídolos em rios ou mares, simbolizando o ciclo de criação e dissolução.


Ganesh Jayanti


  • Quando: Magha (janeiro/fevereiro).

  • Ênfase: nascimento de Ganesha, com pujas especiais ao amanhecer, predominantemente em Maharashtra.


Ashtavinayaka


  • Percurso: peregrinação aos oito templos sagrados em Maharashtra, cada qual consagrado a um avatāra específico, permitindo ao devoto vivenciar toda a riqueza mítica de Ganesha.


6. Ganesha na Vida Contemporânea


1 Além dos Templos


Hoje Ganesha aparece em workshops de autodesenvolvimento, estúdios de yoga e até em livros de gestão, sempre enfatizando a sabedoria prática, a remoção de resiliências e o equilíbrio mental.


2 Elemento de Sincretismo


Em comunidades diaspóricas, Ganesha dialoga com santos católicos populares, tornando-se ponte intercultural sem perder sua essência de remetedor de obstáculos.


3 Arte, Música e Cinema


Músicos e cineastas na Índia e no Ocidente incorporam sua imagem como símbolo de início auspicioso, inserido em álbuns e obras cinematográficas para atrair boa sorte.


7. Reflexão Final


Ganesha é muito mais do que um adorável deus com cabeça de elefante. Ele é o espelho de nossas próprias limitações e potencialidades: ensina que todo caminho novo começa com um ritual de coragem — coragem de olhar para dentro, de cortar amarras ilusórias e de avançar com leveza e foco. Cultuá-lo é, afinal, praticar a cada dia a arte de começar bem e persistir com sabedoria.


Como Montar um Altar e Cultuar Ganesha


Montar um altar para Ganesha e realizar seu culto cotidiano é um ato de devoção que ajuda a remover obstáculos, abrir caminhos e trazer sabedoria. O processo exige intenção, pureza e dedicação, e pode ser realizado com simplicidade e profundidade ao mesmo tempo.


Escolha e Preparação do Espaço


Comece escolhendo um local tranquilo da sua casa — um cantinho especial, com pouca circulação de pessoas, onde você possa se concentrar. Esse local deve ser respeitado como sagrado. Use uma superfície estável, como uma pequena mesa, prateleira ou aparador.


Cubra o móvel com um pano limpo, preferencialmente nas cores vermelho, laranja ou amarelo, que são cores auspiciosas associadas a Ganesha.


Antes de montar o altar, realize uma limpeza física e energética no espaço:


  • Varra e passe pano no local.


  • Borrife água com algumas gotas de óleo essencial de sândalo, rosas ou flor de laranjeira.


  • Se quiser, acenda um incenso e mentalize a purificação do ambiente com luz dourada ou branca.


Elementos Essenciais do Altar de Ganesha


Após a purificação, reúna os elementos principais do altar. Cada um deles tem um propósito espiritual:


  • Imagem ou estátua de Ganesha: Coloque-a no centro do altar. Pode ser feita de madeira, barro, gesso, pedra ou metal.


  • Lamparina (diya): Use óleo ou ghee com pavio de algodão. Acenda-a nos cultos como símbolo da luz divina (adaptando se não tiver: use velas).


  • Incensos: Sândalo, jasmim, olíbano ou rosa. Eles ajudam na elevação da mente e na invocação das divindades.


  • Sino pequeno ou campainha: Usado no início e no fim do ritual para chamar a atenção das forças espirituais e limpar o ambiente.


  • Flores frescas: Hibisco, calêndula, rosas ou flores amarelas. Podem ser colocadas em um vaso ou diretamente sobre o altar.


  • Ofertas (prasād): Frutas como banana, coco, maçã e doces (especialmente modaka, favorito de Ganesha — ou substituições como doce de leite ou brigadeiro), Leite.


  • Água limpa: Em um recipiente pequeno de cobre, barro ou vidro, representa a purificação e a fluidez.


  • Recipiente com arroz cru ou pó colorido (rangoli): Pode ser usado como base para a estátua ou para desenhar mandalas devocionais.


  • Velas: Podem ser usadas como complemento à lamparina, trazendo mais luz ao ritual.


Disposição no Altar


Organize os itens com harmonia:


  • A imagem de Ganesha no centro.

  • À esquerda, coloque o vaso com flores; à direita, o recipiente com água.

  • Em frente à estátua, coloque o prato com frutas e doces.

  • A lamparina pode ficar à direita da imagem, e o incenso à esquerda.

  • Deixe o sino à frente ou ao lado, de fácil acesso.


Ritual de Puja (Culto)


1. Início e Saudação


Comece batendo o sino três vezes, sinalizando o início do ritual e afastando energias densas. Sente-se diante do altar com a mente serena. Respire fundo, coloque as mãos em anjali mudra (palmas juntas) e invoque Ganesha com fé.


2. Mantra de Invocação

Recite o mantra tradicional de Ganesha:

Om Gam Ganapataye Namaha

Repita entre 3, 11, 21 ou 108 vezes, conforme sua prática e disponibilidade. Esse mantra invoca Ganesha como aquele que remove os obstáculos e traz sabedoria.


3. Ritual Simbólico (Abhisheka e Oferendas)


  • Se quiser, faça uma pequena ablução simbólica na imagem: pingue algumas gotas de água limpa e leite vegetal (ou apenas água com cúrcuma ou sândalo), com um pano limpo.


  • Ofereça as flores, colocando-as diante da imagem.


  • Apresente as frutas e doces com gratidão. Toque as mãos sobre as oferendas antes de oferecê-las, mentalizando que estão sendo abençoadas.


  • Acenda o incenso e a lamparina, girando-os no sentido horário diante da imagem em movimentos circulares, como se estivesse iluminando Ganesha com luz e aroma.


4. Cântico ou Aarti (opcional)


Você pode cantar um bhajan ou tocar um áudio de aarti de Ganesha. Caso deseje um cântico simples:

“Jai Ganesha, Jai Ganesha, Jai Ganesha DevaMata Jaki Parvati, Pita Mahadeva”

Ou, apenas repita com o coração:

“Shree Ganeshaaya Namaha”

5. Preces Pessoais e Meditação


Depois das oferendas, feche os olhos e converse com Ganesha. Peça clareza, sabedoria, remoção de obstáculos e proteção. Você também pode meditar por alguns minutos, visualizando Ganesha sentado em um trono dourado, emanando luz vermelha ou dourada ao seu redor.


Se desejar aprofundar ainda mais o culto, pode recitar o Ganesha Atharvashirsha, um texto devocional poderoso, em sânscrito ou tradução — um trecho por dia já é suficiente.


Encerramento


  • Bata o sino mais três vezes para encerrar o puja.


  • Agradeça a Ganesha pela presença e bênçãos.


  • As oferendas de frutas e doces (prasād) podem ser consumidas por você ou compartilhadas com respeito — elas agora são sagradas e portam a energia da divindade.


  • As flores podem ser descartadas na natureza com reverência (jardim, vaso ou embaixo de uma árvore).


  • A água pode ser despejada em uma planta.


Dicas Extras


  • Horário auspicioso: Pela manhã, especialmente às 6h, é o momento mais recomendado. Quartas-feiras e os dias 4 (chaturthi) do mês lunar são considerados especiais para Ganesha.


  • Regularidade: Cultuar Ganesha todos os dias fortalece sua conexão espiritual e sua proteção.


  • Pureza interior: Mais importante do que os rituais externos, é o coração sincero e puro que você leva para o altar.


  • Decoração: Pode enfeitar o altar com tecidos, bandeirinhas coloridas, guirlandas de flores, pedras, sininhos e mandalas.


  • Evite: Carne, álcool ou condutas agressivas nas proximidades do altar.


Com esse altar e práticas, você cria um elo vivo com Ganesha — Senhor dos Caminhos, da Sabedoria e das Novas Etapas. Ele não apenas remove obstáculos externos, mas também internos, como o medo, a dúvida e a ilusão.


Om Gam Ganapataye Namaha! Que Ganesha abençoe seu lar, sua mente e seus caminhos com prosperidade, proteção e clareza.


Abaixo deixo um link de um canal do YouTub , canal de uma Indiana chamada: Seema Choudhary, para que você possa aprender á fazer o MODAKA (Doce para oferenda a Ganesha):



Paulo Bulgarelli . ` . (Doctor Wolf) (418).


📚 REFERÊNCIAS PUBLICADAS NO BRASIL


1. Bhagavad Gita – O Canto do Senhor

  • Autor: Swami Prabhupada (tradução e comentários)

  • Editora: Bhaktivedanta Book Trust

  • Relevância: Traz referências à importância de Ganesha na tradição védica. A introdução e os comentários explicam os princípios do culto às divindades hindus.


2. Mitologia Hindu

  • Autor: Devdutt Pattanaik

  • Editora: Alaúde

  • Relevância: Uma introdução clara e bem fundamentada à mitologia hindu, incluindo a origem e os mitos de Ganesha. O autor é referência na Índia por popularizar a mitologia com fidelidade.


3. O Livro de Ganesha – O Senhor dos Inícios

  • Autor: James H. Bae

  • Editora: Madras

  • Relevância: Uma das obras mais acessíveis no Brasil sobre Ganesha. Traz detalhes sobre sua iconografia, atributos, mitos, práticas devocionais e simbolismo.


4. Dicionário de Mitologia Hindu

  • Autor: George M. Williams

  • Editora: Pensamento

  • Relevância: Contém verbetes detalhados sobre Ganesha, seus epítetos, atributos, festivais e conexões com outras divindades.


5. Introdução ao Hinduísmo

  • Autor: Swami Dayananda Saraswati

  • Editora: Vidya Mandir

  • Relevância: Um guia claro e respeitado da tradição Vedanta. Explica a prática de puja (culto) e a filosofia por trás da devoção às divindades como Ganesha.


📚 REFERÊNCIAS INDIANAS (EM INGLÊS OU SÂNSCRITO)


1. Ganesha: The Auspicious... The Beginning

  • Autor: Shakunthala Jagannathan & Nanditha Krishna

  • Editora: Vakils, Feffer & Simons Ltd (Índia)

  • Relevância: Uma obra tradicional que explora profundamente o simbolismo, festivais, templos, rituais e a história da veneração de Ganesha.


2. Ganapati: Song of the Self

  • Autor: John Grimes

  • Editora: SUNY Press (State University of New York Press)

  • Relevância: Uma análise filosófica e metafísica da figura de Ganesha com base nos textos védicos, upanishads e tradições shaivistas.


3. Ganesha Purana

  • Tradutor: Greg Bailey e outros estudiosos

  • Editora: (diversas edições acadêmicas)

  • Relevância: Um dos Puranas dedicados exclusivamente a Ganesha. Contém histórias míticas, simbologia e mantras devocionais. É uma fonte primária sobre sua teologia.


4. Mudgala Purana

  • Traduções parciais disponíveis em publicações acadêmicas

  • Relevância: Outro Purana dedicado exclusivamente a Ganesha, com foco em seus aspectos filosóficos e espirituais (inclui seus 8 avatares principais).


5. Ganesha Atharvashirsha (em sânscrito com tradução)

  • Tradução comentada por: Swami Chinmayananda (Chinmaya Mission)

  • Relevância: Texto védico essencial no culto a Ganesha. Recitado em pujas, especialmente em festivais como Ganesh Chaturthi. Contém mantras, invocações e doutrina.


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