Potestatem Mortis: O Poder do Grimório Verum Sobre os Espíritos Infernais
- Frater Azal’Ucel
- 16 de jul.
- 6 min de leitura
Olá, pessoal! Tudo bem?
Sou Paulo Bulgarelli, também conhecido como Doctor Wolf, e hoje tenho a honra de compartilhar com vocês um conteúdo muito especial. Convidei o Frater Frater Azal’Ucel — um grande mago praticante das artes místicas e ocultas — para escrever um texto exclusivo para o meu site e blog, Bulgarelli Tarô Hoodoo.
Agradeço imensamente ao Frater: Frater Azal’Ucel pela generosidade, atenção e pela valiosa contribuição ao trazer seu saber sobre sua arte mística e magicka.
Texto abaixo por: Frater Azal’Ucel
Antes de mais nada, me chamo Frater Azal’Ucel, sou estudante e praticante de magia cerimonial há pouco mais de 6 anos, e o intuito deste post é clarificar as ideias dos estudiosos da arte.
Espero que apreciem!
O Grimório verum, como ferramenta mágica, se dá nos anos de 1517, atribuído ao pseudo epígrafo de Alibeck, o egípcio. Decretamos como um pseudo epígrafo, pois, não há rastros históricos sobre essa figura tão obscura.
O grimório verum ou verdadeiro grimório dos pactos, tem, como seu título original já diz ser, um manual de evocação, constrição e pactuação com espíritos infernais. Longe de ser mais um sistema de evocaçao demoníaca, aqui, nos são entregues espíritos jamais antes citados, seres de altíssima hierarquia e periculosidade, ultrapassando, com vantagem, os reis e príncipes do Lemegeton.
Aqui, é o que nós chamamos de forma descontraída, se é que há espaço para isso, de “goetia de gente grande”.
A trindade infernal e seus servos diretos:
Temos como grandes chefes hierárquicos do sistema: Lúcifer, Belzebuth e Astaroth
Sendo atribuído, a esses títulos, o governo de partes do mundo, como:
Lúcifer - Ásia e Europa
Astaroth - Américas
Belzebuth - África
Lúcifer, que é descrito como uma criança, se torna encarnado quando irado;
Belzebuth, como um bode, burro ou vespa gigantesca;
Astaroth, como um homem, por sua vez, negro ou branco;
Seus poderes são :
Iluminação, honrarias e sucesso com Lúcifer;
Sexo, luxúria, sortilégios e riqueza com Astaroth;
Guerra, destruição e morte de rivais com Belzebuth;
Abaixo desses grandes senhores, temos 6 servos; sendo 2 para cada um dos citados:
Agalieraps e Satanachia servindo a Lúcifer na Ásia e Europa;
Tarchimache e fleruty servindo a Belzebuth na África;
Nesbirot e Sargatanas servindo a Astaroth nas Américas;
Temos ainda 18 espíritos principais e seus servos.
Scirlin, o grande S.A.G no inferno:
Em meio aos adeptos e karcistas do grimorium verum, há uma dúvida predominante, pelo fato de scirlin ser descrito como aquele que detém as chaves do inferno e a autoridade de um imperador.
Mas, afinal de contas o que é scirlin?
Dentro das minhas práticas pessoais e estudos, cheguei a conclusão de que scirlin é um espirito angelical, ao qual, guarda o fluxo entre o nosso mundo e esses espíritos, sendo assim, um grande inspetor e guardião da ordem no caos.
Sem scirlin não existe o trabalho com o grimório verum, podemos entender ele como a grande máscara deifica, da ascensão do homem sob seus pecados. Dando ao karcista a insígnia de verificação/outorga para tal trabalho.
É através de scirlin, que esses seres são contatados, e somente por ele subjugados.
Os pactos infernais e os 18 espíritos menores:
Clauneck
Musisin
Bechaud
Frimost
Klepoth
Khil
Merfilde
Clistereth
Sirchade
Segal
Hicpacth
Humots
Frucissiere
Guland
Surgat
Morail
Frutimiere
Huictiigaras
São descritos como espíritos causadores de maravilhas para aqueles que se pactuam com eles. Sendo espíritos para riqueza, luxúria, destruição de inimigos, prodígios, mudanças climáticas etc.
Embora descritos desta forma, são seres de baixa racionalidade, aos quais devem ser manipulados apenas sob a jurisdição de um dos superiores, como Lúcifer, por exemplo.
Posterior a esses citados, e descendo ainda mais na hierarquia infernal, temos os subalternos dos servos diretos da trindade.
Abaixo de satanachia, temos:
Serguthy que faz as mulheres amarem;
Heramael que causa todo tipo de cura;
Trismael que ensina os segredos da alquimia;
Sustugriel que trás espíritos familiares e ensina o adepto na arte mágica;
Abaixo de Agalieraps e Tarchimache temos:
Elelogap (a que louva a Goap). Tendo poder sob as águas e todo tipo de poção ou condensador de fluídos, sendo usado inclusive para repelir a natureza ignia de seus companheiros.
Abaixo de Nebirots temos:
Sergulath, que fornece os meios para guerra, assim como destruir inimigos;
Hael, que ensina a arte da linguística e comunicação, assim como, o aprendizado de quaisquer idioma;
E temos, por fim, abaixo de um menor de um menor como costumo dizer; Os servos de Sergulath:
Proculo, que pode fazer alguém dormir por 24 horas, e dá conhecimento sobre as esferas oníricas;
Haristum, aquele que dá a alguém o poder de atravessar o fogo;
Brulefer, que faz os homens serem amados pelas mulheres;
Pentagnony, que traz a invisibilidade ou o respeito dos grandes senhores;
Aglasis, que destrói inimigos ou traz a pessoa para sua localidade;
Sidragosum, faz as mulheres serem devassas com alguém;
Minoson, faz pessoas terem sorte em jogos de azar;
Bucon, causa ciúmes, ódio e rancor entre pessoas do sexo oposto;
Agora que já apresentamos o método e seus espíritos, vamos descer ainda mais, e trazer sobre as práticas de feitiçaria que tornam o sistema ainda mais efetivo e devastador.
A feitiçaria na magia infernal:
É perceptível a tentativa, em métodos medievais e pseudo salomônicos, de tornar o contato e trato demoníaco cada vez mais desprendido de componentes telúricos, quase como um tentativa de “teurgificar” as práticas Ctonicas.
Já com grimorium verum não há essa tentativa, sendo um método que se municia de feitiços prontos e com configurações únicas, trazendo elementos e itens que compõem a amálgama energética dos rituais, assim como a utilização de sacrifício animal, como a tartaruga, que tem papel crucial na construção do selo de scirlin, tendo o sangue usado como tinta.
Apenas para deixar o leitor com uma pequena amostra, iremos trazer um feitiço típico do grimório verum que serve para destruir um rival:
FEITIÇO TÍPICO DO GRIMÓRIO VERUM QUE SERVE PARA DESTRUIR UM RIVAL
"Vá a um cemitério, e enquanto retira pregos de um caixão, diga: “pregos, eu os pego, de modo que me sirvam para desviar e fazer o mal a todas as pessoas que eu desejar. Em nome do Pai, filho e Espírito Santo. Amém”
Quando desejar usar, faça a figura de um pé imaginando que é o pé de seu inimigo, e em seguida posicione um dos pregos no centro da figura e diga:
Pater noster (recitar em latim até o “assim na terra)
E pregar o prego no pé e bater com uma pedra, e dizer que toda maldição do inferno recaia sobre (fulano até eu ordenar que faça o contrário, amém.)"
Feitiço este, apenas para elucidar sobre tais práticas. Sendo este, ideal para ser usado com Guland.
Agora que já estamos familiarizados com o método, hierarquia, funções dos espíritos e práticas, é hora de trazer algumas considerações e advertências finais;
Não é, de forma alguma, minha intenção incentivar a popularização desse método de forma desordenada e imprudente. Espíritos como os do grimório verum nao devem ser romantizados, eles podem e irão, tentar causar a ruína dos seus praticantes.
Faça um trabalho limpo e estruturado, não se deixe levar por propostas de pactos de riqueza, poder ou luxúria, seres como estes tendem a tentar você justamente pelas sua ambições.
Desejo boa sorte e sucesso na jornada!
Potestatem mortis et claves inferni habeo.
Contatos com: Frater Azal’Ucel
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Muito Obrigado Frater Azal’Ucel !!!
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PAULO BULGARELLI.`. (DOCTOR WOLF.`.) (418)
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